JCA fecha “encomenda do ano” da Scania

Fonte: Valor EconômicoFotos: JC Barboza / Artur Velter Num momento em que as companhias de transporte coletivo seguram investimentos em frota e o governo, um dos principais clientes, corta ...
Fonte: Valor Econômico
Fotos: JC Barboza / Artur Velter

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Num momento em que as companhias de transporte coletivo seguram investimentos em frota e o governo, um dos principais clientes, corta drasticamente as compras, a encomenda de uma das maiores operadoras de transporte por rodovias do país deu um refresco para a Scania e a Mercedes-­Benz. Juntas, as duas montadoras receberam pedidos de 195 ônibus, num montante próximo de R$ 100 milhões, do grupo JCA, dono de empresas de viação como Cometa, 1001 e Catarinense.

O maior volume, de 112 coletivos, ficou com a Mercedes, segundo informações da JCA. Já a Scania levou a encomenda de 83 ônibus rodoviários, que, devido ao maior nível de equipamentos e tecnologia embarcada, são os mais caros. Por isso, apesar do número inferior, o contrato arrematado pela marca sueca tem valor maior, somando aproximadamente R$ 60 milhões. “Essa compra representa 20% do que faturamos até agora neste ano”, diz Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil. Segundo ele, a JCA foi a primeira frotista a fechar um grande negócio com a marca passados nove meses do ano.
 
Números da Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos, mostram que as vendas de ônibus no país caíram 29,2% entre janeiro e setembro, comparativamente ao mesmo período de 2014. Parte desse desempenho negativo se deve à redução nas encomendas de ônibus escolares pelo governo federal. Outra parte está ligada a incertezas sobre a economia e desaceleração da demanda por transporte, sobretudo no turismo de negócios.

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No caso da JCA, as compras fazem parte de um pesado investimento feito desde 2012 para reduzir a 3 anos a idade média da frota do grupo, que antes disso estava em cinco anos. Ainda assim, a companhia teve que reduzir a velocidade de substituição dos veículos. A companhia, que vinha renovando de 10% a 15% da frota a cada ano, reduziu esse percentual para 7%.

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“Estamos apertando onde podemos apertar”, diz Marcelo Antunes, conselheiro da JCA. De acordo com o executivo, um dos inibidores das compras foi o aumento das taxas de juros cobradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) após a retirada de subsídios do Tesouro, um reflexo do ajuste fiscal.

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As encomendas da JCA à Scania, feitas no primeiro semestre, já foram entregues. Os veículos serão usados em linhas operadas por três das seis empresas de transporte de passageiros do grupo: 1001, Expresso do Sul e Rápido Ribeirão Preto. Dos 83 veículos, o maior lote ­ de 69 ônibus ­ foi para a 1001.

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