Fotos: Acervo Paraíba Bus Team
A direção da Caio fez-se valer de um artifício legal, que era o de exigir um aditivo ao contrato firmado, alterando os valores para cima para compensar o custo extra não previsto inicialmente com o transporte rodoviário das carrocerias. Miguel Arraes, então prefeito de Recife, conseguiu convencer a direção da Caio que a saída mais viável e de impacto financeiro menor era a instalação de uma fábrica no Pernambuco, valendo-se dos subsídios da SUDENE. Assim nasceu a Caio Norte, gerando novos empregos, renda e impostos/tributos ao erário. Da sua fundação, em 1966 até o ano de 1995 lá naquela unidade industrial foram fabricados mais de 10 mil ônibus.
![]() |
Fábrica da Caio Norte |
Em 1982 a demanda externa sofreu drástica redução, agravando a recessão do mercado interno, que já vinha de mais de dois anos, tornando a crise especialmente aguda. A ociosidade da Caio se elevou a 60% no final do ano. Foi provisoriamente suspensa a produção na Caio-Norte e, em São Paulo, mais de 900 empregados demitidos.
Vitória produzido pela Caio Norte |
Com o pedido de concordata pedida em requerida em maio e concedida em junho de 1999, a Caio teve a falência decretada em dezembro de 2000. Em janeiro de 2001, a justiça autoriza o arrendamento da massa falida da Caio pela Induscar Indústria e Comércio de carrocerias LTDA., firma criada especificamente para esse fim pelo maior cliente Caio, José Ruas Vaz, maior operador de ônibus de São Paulo. Com isso a Caio Norte foi desativada e foi posto ao fim a história de quase 40 anos daquela que foi a maior encarroçadora de ônibus nordestina.