No comunicado informando que o pedido havia sido feito nessa segunda-feira (12), a fabricante alegou como que “a crise econômico-financeira que avassala as empresas brasileiras, especialmente o setor industrial automobilístico, que trouxe dificuldades sem precedentes em nossa indústria”. Os diretores alegaram que o mercado de ônibus caiu mais de 60%, atingindo níveis de demanda da década de 2000. Além disso, os preços e o volume estão mais baixos, o que impede a reposição de custos de produção.
“Essa crítica situação nos impeliu a tomar medidas duras e traumáticas, como o encerramento das atividades industriais da unidade em Lorena (SP) e demissões de número expressivo de trabalhadores na planta de Erechim, o que fizemos com enorme tristeza”, completa a Comil na nota.
A empresa não informou o valor das dívidas. Na nota, limitou-se a esclarecer que a lei da recuperação judicial prevê que passivos trabalhistas de rescisões ou atrasos salariais tanto de funcionários ativos como demitidos farão parte do processo. Ao demitir 850 empregados, a companhia informou que retomaria a produção de ônibus em meio turno. Menos de mil funcionários continuam a atuar na indústria, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim.