Fonte: News Comunicação
Fotos: Divulgação
As mulheres que fazem parte do quadro de colaboradores das empresas de ônibus Unitrans e Santa Maria, da Rodoviário Nordestino e da Unidas Mercedes-Benz que integram o Grupo A. Cândido, participaram, na última sexta-feira (21), de uma palestra sobre o câncer de mama com a médica mastologista Valéria Ataide. A apresentação aconteceu no auditório do SEST/SENAT, no Distrito Industrial e contou com a participação das diretoras do Grupo Lorena Dantas, Larissa Nascimento e Gisa Melo, além da coordenadora do SEST, Rozimar Firmino, da chefe de seção da Semob, Fátima Araújo (Fatoca), da psicóloga da São Jorge, Erika Dornelas e da gerente de RH da Unitrans, Isabela Maria, e ainda da empresária Marília Ramos que deu um testemunho de como encarar a doença com altivez, sem enxergá-la como uma sentença de morte.
Em sua palestra, a Dra. Valéria explicou como se desenvolve o câncer de mama, quais os fatores de risco, as medidas de prevenção que as mulheres podem ter, quais exames são indicados e as formas de tratamento para cada caso. Além disso, também foi mostrado um perfil da doença no Brasil e na Paraíba. “Cada paciente tem um tratamento individualizado, portanto o que serve para uma mulher pode não ser indicado para outra”, destacou a médica. Segundo ela, a estimativa é de que no Brasil, até o final deste ano, deverão ser descobertos mais de 50 mil novos casos de câncer de mama. Na Paraíba, algo em torno de 700 novos casos. “Os números são altos, mas poderiam ser ainda maiores caso não existisse uma campanha como o Outubro Rosa e outras ações de conscientização para a importância do autoexame e da mamografia depois dos 40 anos ou ao menor sinal de anormalidade nas mamas”, destacou a mastologista, lembrando que quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, as chances de cura do câncer de mama são enormes, algo em torno de 90 a 95%.
A médica ainda explicou que como fatores de risco, o câncer de mama não tem uma causa única. Seu desenvolvimento se deve a uma série de fatores, alguns deles modificáveis, outros não. “O histórico familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis”, comentou a médica. De acordo com ela, outros desses fatores são: a menarca precoce, a menopausa tardia, nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos, etc. Os fatores modificáveis estão relacionados com o estilo de vida, a reposição hormonal, o excesso de peso e a ingestão regular de álcool. A médica também rechaçou a ideia de que traumas mamários e anticoncepcionais causam câncer de mama.
“O mundo desabou quando recebi o diagnóstico de câncer, mas eu tinha duas saídas: ou lutar para viver e me curar ou me entregar. Resolvi ficar com a primeira opção e encarar a doença com fortaleza e determinação”, disse a empresária Marília Ramos que, após a palestra da Dra. Valéria, deu um testemunho de como enfrentar a doença sem se deixar abater pelas circunstâncias. Marília não sentia nada, fez exames e a doença não tinha sido diagnosticada, mas um sonho ( de que estaria com a doença) a despertou para a necessidade de pedir a sua médica para aprofundar os exames. “Eu sabia que aquele sonho não tinha sido em vão. Que eu estava doente e precisaria me cuidar”, afirmou Marília que encarou a realização da cirurgia de mastectomia, as sessões de quimioterapia e todas as etapas do tratamento mantendo o alto astral. “As sessões de quimioterapia que fiz, num hospital particular, eram verdadeiros encontros de amigas e familiares, eu levava bolo, salgados, refrigerante e ficava conversando com todos durante o tratamento. Eu decidi não me render à doença. Certa vez a minha médica disse que achava que eu era ‘doida’, mas que depois de tudo não achava mais ‘tinha certeza”, brincou ela.
Para Marília, que criou a home Page “Estou com câncer e agora?”, para ajudar outras mulheres a superar essa difícil fase, desde o diagnóstico até a cura, o importante em todo o processo e manter-se confiante. “Eu ainda estou em tratamento, tomando remédios, mas essa experiência do câncer me fez ver o quanto sou forte, perceber o quanto sou querida e comprovar que o alto astral é importante para superar esse momento difícil na vida de qualquer mulher”, disse a empresária.
No final do encontro, a diretora da Unitrans, Lorena Dantas agradeceu a presença de todas as colaboradores, a palestrante e ao depoimento de Marília, e ainda enalteceu a importância da prevenção. Um bolo foi servido para todas as mulheres presentes após o evento e todas as colaboradoras ganharam de presente uma viseira rosa, numa alusão ao Outubro Rosa.