Sindicalista critica manobra no aumento da passagem e estudantes preparam protesto em Campina Grande

De Click PB Imagem José Roberto / Divulgação Entidades estudantis e trabalhistas de Campina Grande estão se mobilizando para protestar contra o reajuste da passagem de ônibus na cidade, que está sendo ...

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Imagem José Roberto / Divulgação

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A nova tarifa foi aprovada na última sexta-feira (20), sem a participação de estudantes e trabalhadores. Passagem passou de R$ 2,75 para R$ 3

Entidades estudantis e trabalhistas de Campina Grande estão se mobilizando para protestar contra o reajuste da passagem de ônibus na cidade, que está sendo apontado pelo sindicalista Napoleão Maracajá como uma ‘manobra’ da Prefeitura Municipal para beneficiar empresários. A nova tarifa foi aprovada na última sexta-feira (20), sem a participação de estudantes e trabalhadores.

Segundo Napoleão Maracajá, o Conselho Municipal de Transportes Públicos (Comutp) de Campina Grande, responsável pela discussão e aprovação do reajuste das passagens de ônibus, não tem mais legitimidade para conduzir o processo que, inclusive, é realizado no período de férias, quando o segmento estudantil está desmobilizado. “Por diversa vezes os estudantes solicitaram para que essa discussão acontecesse a partir do mês de abril até dezembro”, lembrou Maracajá.

Sem legitimidade – “A composição do Conselho é caduca, de 1980, e não contempla a participação das principais representatividades de trabalhadores de Campina”, disse o sindicalista, que chegou a apresentar projeto na Câmara Municipal para atualizar os assentos. Ele citou que no colegiado existe assento para o Sindicato de Trabalhadores Rurais, que representa segundo o IBGE, apenas 5% da população, mas não dar direito ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) que é maior do município.

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Manobra – Além da falta de representatividade Comutp, Napoleão Maracajá, também contestou a justificativa para o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não poder intervir na negociação do reajuste da tarifa na cidade. “Inventaram uma história muito mal contada de que os empresários tinham entrado com uma ação. Está todo mundo desconfiado disso, a gente acha que é tudo uma grande armação, sem levar em conta o mérito da questão, o transporte é ruim, a frota é velha, a maioria dos pontos não tem abrigo”, disse Maracajá.

A Prefeitura alega que “por decisão judicial, a definição do reajuste pelo Conselho passa a ser aplicada automaticamente, entrando em vigor já na próxima segunda-feira, 22, sem a interferência do prefeito Romero Rodrigues, que está impedido por uma liminar de fazer quaisquer alterações sobre a decisão do Comutp”.

Estudantes – Com isso, a Gestão Provisória do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual da Paraíba (DCE-UEPB) está organizando um ato público juntamente a outras representações estudantis (DCE’s e Centros Acadêmicos) prevista para a primeira semana de fevereiro – quando são retomadas as aulas, principalmente, nas universidades em Campina Grande. “Infelizmente, fomos impedidos de participar da parte da reunião em que foi aprovado o aumento, que aconteceu sem a representatividade estudantil”, lamentou o coordenador geral da Gestão Provisória do DCE-UEPB, Jimmy Felipe.

Jimmy Felipe explicou que chegou a participar do início das discussões na última sexta-feira (20), chegando a pedir a planilha de custos dos empresários para que fosse avaliado o percentual de aumento; mas que depois que a reunião foi interrompida por manifestações e adiada, não houve mais o convite para retornar à reunião que aprovou o valor de R$ 3.

Com isso, Jimmy Felipe adiantou que o diálogo com algumas entidades representativas de Campina Grande, sobre o aumento tarifário, já foram iniciadas e que os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE’s) das principais instituições de ensino também anunciaram que irão lançar uma Nota de Repúdio contra o aumento, considerado abusivo diante da situação econômica do município e do país, assim que as aulas forem retomadas, bem como mobilizar todos os estudantes para o ato público que visa chamar a atenção da sociedade.


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