De Mundo Estranho
Por Diogo Antonio Rodriguez
Imagens Thiago Sione / Divulgação
Depende da cidade, claro, mas também depende de quando as linhas foram criadas. Em São Paulo, por exemplo, o sistema de numeração surgiu na década de 1970. Com o tempo, a cidade cresceu e os critérios mudaram sem seguir uma lógica. Por isso, o número de uma linha não diz muito sobre trajeto, origem e ponto final.
A SPTrans, órgão responsável pelo transporte de ônibus na cidade, diz que um novo sistema de numeração está sendo criado, sem previsão de implantação. Mas essa não é uma questão paulistana. Em outros lugares, as coisas também não são muito fáceis.
Sopa de letreiros
Os números querem dizer alguma coisa, mas às vezes só confundem o usuário
RIO DE JANEIRO
A capital fluminense é um exemplo de cidade com lógica mais clara em sua numeração
São Paulo
São dez áreas numeradas. Fazia sentido antes, mas hoje não. Exemplo: a linha 8600 liga o centro a Pirituba (zona norte), a 8605 vai do centro ao Campo Limpo (zona sul) e a 6451-10 também liga o centro à zona sul
Categorias de trajetos
– Radial Liga uma região específica ao centro (Ex.: Pça. Ramos-Terminal Campo Limpo)
– Diametral Liga pontos muito distantes de regiões diferentes (Ex.: Penha-Metrô Santana)
– Inter-regional Liga regiões sem passar pelo centro (Ex.: Parque Edu Chaves-Metrô Vila Madalena)
– Regionais Circula dentro de uma região (Ex.: Jardim São Francisco-Metrô Itaquera)
Salvador
Segundo a Secretaria de Mobilidade da capital baiana, o código de cada linha “é criado automaticamente” por um sistema de planejamento. Mas, para saber o itinerário, é preciso ter um aplicativo! Mais confunde que ajuda
Washington
Os Estados Unidos também não escapam. Antes de a capital ter um órgão de transportes, as empresas numeravam as linhas como queriam. Hoje, há linhas numeradas de acordo com a malha de bondes, que nem existe mais. Uma zona