Mercedes-Benz prevê crescimento de 13% no mercado de ônibus

A expectativa otimista para este ano, porém, depende do sucesso da campanha nacional de vacinação contra a Covid-19.
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Por Automotive Business
Imagens Divulgação

Durante a lançamento virtual do inédito chassi Super Padron O 500 R 1830, ocorrido na quarta-feira, 17, Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, confirmou a projeção da empresa com relação ao mercado brasileiro de ônibus, que foi um dos mais – se não o mais – impactados pela crise provocada pela pandemia de Covid-19.

O diretor da montadora também atualizou o cenário atual do mercado, que apresentou queda de 22% no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2020 (“quando ainda não havia a pandemia”, fez questão de frisar). O setor contabilizou 2.143 unidades licenciadas neste ano, contra 2.752 exemplares no ano passado. Walter Barbosa chamou a atenção para outro fato: pela primeira vez na história, segundo ele, os modelos escolares representam o segmento de maior volume, com 852 unidades comercializadas, representando crescimento de 176% na comparação com os 309 modelos vendidos no primeiro bimestre de 2020. Esse bom desempenho deve continuar até o fim do ano, por conta do programa Caminho da Escola, do governo federal.

Outros segmentos que registraram impactos menores neste ano são o dos modelos destinados ao fretamento – com crescimento de 26% – e o de micro-ônibus, mesmo com queda de 15%. Vale explicar que entre os micros, estão incluídos modelos usados em fretamento, vendas governamentais (que não se enquadram no Caminho da Escola) e transporte executivo. Já os segmentos rodoviário e urbano, com retração de 67% e 64%, respectivamente, foram os que contabilizaram os piores resultados.

Walter Barbosa lembrou, durante sua apresentação, que o transporte urbano já vinha perdendo usuários há cerca de cinco anos por conta do surgimento de novos modais, como os carros compartilhados, serviços de aplicativos etc. Mas, com a pandemia, o setor perdeu cerca de 75% dos passageiros entre o fim de março e o início de abril do ano passado. “Muita coisa foi feita de lá pra cá, e hoje as empresas têm uma média de 50% a 55% dos passageiros que tinham antes da pandemia. Não existe perspectiva, a curto prazo, de o setor voltar a ter 100% dos usuários, e sim de ter entre 75% e 85% da demanda registrada antes da pandemia”, afirmou.

“A gente acredita que o maior crescimento deve surgir a partir do segundo semestre, quando esperamos que entre 40% e 50% da população tenha sido imunizada, e a partir daí, acho que podemos ter um crescimento de 13%, o que deve resultar em um mercado com 15 mil, 16 mil unidades. A Mercedes-Benz vai procurar conseguir ter pelo menos metade do mercado, que foi a nossa média nos últimos dez anos.


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