Scania confia na recuperação do mercado de ônibus no segundo semestre

A empresa acredita que, com o maior número de pessoas vacinadas, serão retomadas as viagens de negócios e de turismo.
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Por Technibus
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Diego Almeida Araújo

A Scania está confiante que o mercado de ônibus comece a se recuperar a partir do segundo semestre de 2021. “O segmento de ônibus infelizmente continua sofrendo muito devido ao cenário de pandemia pelo qual passa o país. Porém, a gente acredita que, com o maior número de pessoas vacinadas, a tendência de recuperação para o segundo semestre vai ocorrer”, disse Roberto Barral, vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, em coletiva on-line, quando destacou os 64 anos que a Scania vai completar no Brasil dia 2 de julho.

Silvio Munhoz, diretor de vendas de soluções da Scania no Brasil, lembrou que o primeiro semestre deste ano foi trágico para todas as fabricantes de ônibus porque o setor foi o que mais sofreu com a crise da pandemia, tanto no segmento urbano quanto no rodoviário.

“A falta de passageiro é enorme, e a frota parada ou rodando com pouca ocupação é muito grande. Por meio da conectividade, a gente acompanha a quilometragem média dos veículos e vemos que, no segmento rodoviário esta quilometragem vem subindo, não muito rapidamente, mas vem subindo, o que significa uma movimentação maior. Conversando com os operadores, a gente vê que a ocupação continua baixa, seja pelo distanciamento necessário ou pelo temor que o passageiro tem de ser contaminado ao viajar no ônibus. Mas eles começam a sentir que, com o aumento da população vacinada, esse temor de viagem vai diminuir”, comentou Munhoz.

O diretor da Scania acrescentou que existe uma demanda reprimida de viagens são só de negócios, mas de turismo, pois muitas famílias não se veem há muito tempo. “Essa demanda vai explodir no final do ano com as festas e férias, e isso é a alavanca propulsora desse crescimento que se espera para o segundo semestre e vemos com bons olhos isso”, disse Munhoz.

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Apesar de estar operando com folga devido ao baixo volume, a produção de ônibus também foi afetada pela falta de componentes, segundo Munhoz, e a escassez de semicondutores é o grande gargalo. “Se acontecer uma falta prolongada de semicondutores, a produção de chassi para ônibus será afetada também”, alertou.

Diante do cenário de fragilidade em que ainda se encontra o mercado de ônibus, é prematuro fazer projeções para o setor na avaliação de Barral. “A gente começa a ver movimentação, mas é difícil fazer previsão para o segundo semestre. Como tem demanda represada, a gente acredita que com a vacina acelerando vai melhorar, mas não é possível prever em quanto será o crescimento, principalmente comparando com 2020.”