No dia 12 de julho, a Vale e o governo do Estado do Espírito Santo divulgaram os progressos e o cronograma para a implementação do Ramal Anchieta, uma extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que se estenderá de Santa Leopoldina até Anchieta. Esse projeto ambicioso consiste em uma linha principal com aproximadamente 80 quilômetros de extensão, além de uma conexão com o Porto de Ubu e um pátio ferroviário, que terá aproximadamente 20 quilômetros de comprimento.
“Avançamos muito no desenvolvimento do projeto, que vem sendo acompanhado por um grupo de trabalho coordenado pelo Governo do Estado e composto por representantes de órgãos públicos, da Federação das Indústrias (Findes), do ES em Ação e da Vale. Este grupo também debateu as responsabilidades para desapropriação das áreas, juntamente com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A partir do momento em que tivermos todas as licenças e a liberação das áreas para as obras, o prazo de implantação da ferrovia é de cerca de 60 meses”.
Marcelo Sampaio, diretor de Assuntos Regulatórios da Vale.
Desde 2020, a empresa vem realizando diversos estudos técnicos ao longo do trajeto, incluindo topografia, sondagem e análises geofísicas, sociais e ambientais. O projeto básico já foi concluído para o trecho da linha principal e atualmente está em andamento o desenvolvimento do trecho de conexão com o porto de Ubu, administrado pela mineradora Samarco.
“A Vale é uma potência mundial que está assumindo um compromisso público de fazer a ferrovia. A partir de agora tem cronograma, prazo e todos nós podemos ajudar. Os gargalos agora são as desapropriações e licenças ambientais. Os prefeitos podem nos ajudar muito na questão das desapropriações. Vamos fazer nossa parte para dar suporte para a empresa iniciar o mais rápido possível as obras”.
Renato Casagrande, governador do Espírito Santo.
No início do próximo ano, após a conclusão dos estudos, a Vale tem planos de apresentar o pedido de Licenciamento Ambiental Prévio aos órgãos competentes. Além disso, a empresa também realizará estudos complementares visando obter a Licença de Instalação necessária para dar continuidade ao projeto.
“Esse esforço de colaboração é fundamental. Este não é um projeto do Governo e nem da Vale, é um projeto do Estado do Espírito Santo, que será vetor de muita prosperidade e de muita geração de oportunidades, principalmente no Sul capixaba. Vamos trabalhar para que o Estado continue prosperando. Serão R$ 6 bilhões de investimento, na primeira etapa, que vão gerar cerca de 1,5 mil postos de trabalho”
Ricardo Ferraço, vice-governador e secretário de Desenvolvimento.
Ferrovia Kennedy
Além da construção do Ramal Anchieta, a Vale assumiu voluntariamente o compromisso de doar o projeto básico da Ferrovia Kennedy, um trecho de 87 quilômetros que conecta o Ramal Anchieta ao município de Presidente Kennedy. Essa ferrovia representa o primeiro trecho da EF-118.
A doação do projeto básico é de extrema importância para viabilizar investimentos de grande porte, tanto na priorização de ações junto aos órgãos públicos, quanto na atração de parceiros e investimentos para a construção da ferrovia. Estima-se que o projeto será doado ao governo do Espírito Santo em 2024.
Imagens: Divulgação/Vale, Hélio Filho/Secom e Vitor Jubini
