A Eletra, montadora de veículos elétricos com sede em São Bernardo do Campo, São Paulo, está apresentando o seu primeiro modelo com chassis do tipo ‘escada’, também conhecido como piso alto, que foi eletrificado pela marca. Sendo um dos modelos que fazem parte da gama completa de soluções de eletromobilidade oferecidos pela Eletra, a mais completa do Brasil e de toda a América Latina.
A unidado foi encarroçada pela Caio em Botucatu, interior de São Paulo, com carroceria eMillennium e possui 9.955mm de comprimento. O modelo que originalmente é muito utilização em veículos com motor dianteiro é chassis com suspensão pneumática, com Peso Bruto Total (PBT) de 17 toneladas da Mercedes-Benz, o mesmo que é utilizado no modelo OF 1721L da montadora alemã e que está entre os chassis urbanos mais vendidos do país.
Com configuração para operação pela SP Trans, seguindo o padrão dos modelos ‘Midi’ da capital paulista e com capacidade interna para transportar 26 passageiros sentados, mais o motorista e 1 vaga reservada para cadeirantes ou pessoas acompanhadas de cão-guia e do motorista, além de 30 passageiros em pé.
Internamente o veículo se assemelha a um veículo piso alto de motor traseiro, por se tratar de um veículo que não possui o motor a diesel na dianteira e como o sistema de tração do veículo é montado na área central a área do motorista não conta possui o ‘capó’ de acesso ao motor e possui o piso plano até o painel do motorista.
O modelo sana uma das principais reclamações dos motoristas de ônibus urbanos, que na sua maioria são veículos dianteiros, que como o motor a combustão fica posicionado logo ao lado do motorista e o seu funcionamento gera muito calor e ruído, a jornada de trabalho pode se tornar um desafio principalmente em veículos mais antigos e que não possui um bom isolamento termoacústico.
Além disso, o modelo pode se tornar a grande aposta para eletrificação dos sistemas de transporte nacional e ‘cair no gosto’ dos empresários e dos gestores dos sistemas de transporte de passageiros de cidades e regiões metropolitanas, principalmente em cidades menores que não possuem capacidade operacional e de alto valor agregado como um chassis de do tipo ‘plataforma’, utilizados em veículos de piso baixo.
De acordo com a ficha técnica divulgada pela montadora, a autonomia do veículo é de 200 – 250 km, com sistema de propulsão com motores elétricos WEG e que são alimentados por um sistema de baterias de íon de lítio do modelo Life P04, também produzido pela WEG.
Imagens: Divulgação/Eletra