Para quem não sabe, veículos PKD (Partial Knock-Down), são unidades semi-prontas sem o acompanhamento do chassi, que serão acoplados em um posteriormente. Essa prática é muito comum para veículos de exportação, que é o caso desse exemplar do vídeo, que tem como destino final o México.
Mas por qual motivo eles vão assim?
Bom, os chassis que eles utilizam no México possuem algumas diferenças dos que usamos aqui, tanto de fabricantes como de configurações. Lá por exemplo, eles tem à disposição os chassi MAN, que aqui no Brasil nós não temos. Para que os veículos já saíssem daqui 100% prontos, os chassis teriam que ser enviados do país de origem até aqui, para que fossem encarroçados e depois retornassem, o que custaria um frete a mais (que são caríssimos e demorados, já que esse tipo de transporte é feito em navios). Então, é mais econômico se mandar apenas a carroceria em PKD para que seja acoplado no chassi por lá.
A Marcopolo possui unidade fabril no México, porém sua capacidade de produção da linha G8 ainda não consegue atender a demanda dos pedidos de lá, então a saída é fabricar por aqui para atender e entregar os veículos de forma mais rápida. Com a carroceria já construída, é só acoplar no chassi que o veículo estará pronto.
Segundo a engenharia da Marcopolo, esse tipo de ônibus (PKD) é um verdadeiro desafio, pois pelo fato de eles não construírem a carroceria já com o chassi disponível, a sua fabricação deve se levar em consideração que ele será transportado, e durante esse procedimento de transporte, não pode haver desalinhamentos, para que no momento do encarroçamento, não haja problemas.
Para o transporte, utilizam esses caminhões do tipo prancha, que possuem as condições ideais e seguras para o translado. Saindo da fábrica da Marcopolo em Caxias do Sul, os ônibus PKD são levados até o porto, onde serão embarcados em navios RO-RO e navegarão até o México.
Imagens/texto: Wellington Cadore
