Prefeitura de Belo Horizonte (MG) intensifica fiscalização; somente no 1º mês foram 377 operações

Política de Tolerância Zero resulta em centenas de autuações e recolhimento de veículos em um mês.
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A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em Minas Gerais, divulgou ontem (26) um relatório detalhando as ações realizadas no primeiro mês de implementação da política de Tolerância Zero contra irregularidades no serviço de transporte público. Anunciada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) no dia 25 de janeiro, a iniciativa visa aprimorar o atendimento ao cidadão e garantir a qualidade do serviço prestado.

No período de um mês, foram conduzidas 377 ações de fiscalização, abrangendo a vistoria de 3.079 ônibus em circulação na cidade. Os resultados revelam 3.724 autuações emitidas, além do recolhimento de 127 autorizações de tráfego (AT) e oito veículos encaminhados ao pátio do Detran-MG.

Entre as principais irregularidades identificadas estão o mau funcionamento de sistemas essenciais como freios de portas, plataformas elevatórias e ar-condicionado, além de casos de omissão de viagens e superlotação dos veículos. Como consequência das infrações, as empresas concessionárias deixaram de receber a remuneração complementar prevista por lei.

Anunciada em janeiro pelo prefeito Fuad Noman, a política de Tolerância Zero entra em uma segunda fase nesta semana, com o reforço das operações em portas de garagem das empresas, totalizando duas ações diárias e 10 por semana. O foco será nos veículos sem documentação adequada e naqueles com maior índice de reclamações.

O superintendente de mobilidade da capital, André Dantas, destacou o compromisso da administração municipal com a segurança e a qualidade do transporte coletivo. “Reforçamos nosso compromisso em fiscalizar rigorosamente e aplicar medidas necessárias para garantir o cumprimento das normas estabelecidas”, afirmou.

Além das ações de fiscalização, a Prefeitura de Belo Horizonte está investindo em melhorias tecnológicas no sistema de transporte. O plano inclui a disponibilização de acesso gratuito à internet de alta velocidade nos ônibus e estações, bem como a adoção de tecnologias de otimização com inteligência artificial. Também está em pauta a inclusão de ônibus movidos a energia limpa na frota da capital, conforme previsto no Plano de Mobilidade Limpa, lançado pela PBH, que estabelece a substituição de 40% da frota por veículos elétricos ou de outras fontes limpas até 2030, visando melhorar a qualidade do ar urbano.

Imagem: Valéria Marques

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