Usuários do transporte público em Belo Horizonte (MG) são aliados cruciais durante as fiscalizações

Reclamações e sugestões direcionam ações da política de Tolerância Zero contra irregularidades no serviço municipal.
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Em Belo Horizonte, Minas Gerais, as reclamações e sugestões dos usuários do transporte público têm se tornado uma ferramenta essencial na política de Tolerância Zero adotada pela Prefeitura. Esta estratégia visa combater as irregularidades na prestação do serviço, contando com a participação ativa da população para identificar e corrigir problemas no sistema. As operações de fiscalização, conduzidas por agentes da BHTrans, Sumob e Guarda Municipal, concentram-se nas portas de garagem, estações do MOVE e BHBUS, buscando verificar as informações fornecidas pelos usuários rapidamente e atuando diretamente nos locais identificados.

O processo inicia-se com as equipes no Centro Integrado de Operações da Prefeitura (COP-BH) recebendo as reclamações dos usuários. Posteriormente, as denúncias são avaliadas e determinadas as ações a serem tomadas.

Um exemplo recente demonstra a eficácia desse modelo de operação ocorreu na última sexta-feira (1º) e foi noticiado aqui no Ônibus & Transporte no sábado (02), onde um passageiro relatou problemas no ar-condicionado de um ônibus, fornecendo detalhes como linha e número do veículo. Utilizando tecnologia de GPS, agentes da Sumob localizaram o ônibus em tempo real e coordenaram uma abordagem na estação, onde o relato foi confirmado. Durante a fiscalização, outras irregularidades foram descobertas, resultando na autuação do veículo.

Na manhã desta terça-feira (05), quatro ônibus foram fiscalizados na Estação São Gabriel com base em informações compartilhadas pelos passageiros. Todos os veículos tiveram suas Autorizações de Tráfego (ATs) recolhidas devido a problemas diversos, como elevadores, ar-condicionado e extintores defeituosos.

Jairo Marcelino, coordenador da operação da Sumob, destaca a importância das denúncias dos passageiros para direcionar as ações de fiscalização do transporte coletivo. “As equipes no COP-BH nos informam sobre o veículo e os problemas relatados pelos usuários. O nosso trabalho é checar essa denúncia, mas a fiscalização vai além. Checamos todos os itens de segurança e também do layout obrigatório para que o veículo possa operar. A população nos ajuda mostrando um problema, mas em muitas ocasiões encontramos outras irregularidades e todas são autuadas. Esse é um trabalho que acontece todos os dias nas estações de transporte coletivo da capital e a participação da população é muito importante”, esclareceu.

A participação da população é fundamental, e os usuários são incentivados a registrar reclamações pelos canais disponíveis da Prefeitura de Belo Horizonte, como o Portal de Serviços, o aplicativo gratuito PBH APP e o WhatsApp (31) 98472-5715. Esta abordagem faz parte da segunda fase da política de Tolerância Zero, que iniciou a fiscalização nas portas das garagens das empresas de transporte coletivo municipal em 26 de fevereiro.

Até o momento, foram realizadas 11 operações, fiscalizando 78 ônibus e emitindo 156 autuações. A operação continuará nas próximas semanas até abranger as 30 garagens do sistema de transporte da capital. Além das autuações e do recolhimento das autorizações de tráfego e dos veículos, as empresas concessionárias enfrentam consequências financeiras quando não cumprem as determinações da Lei 11.458/2023 em relação à pontualidade e qualidade dos veículos.

Imagem: Divulgação/PBH

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