Na manhã desta terça-feira (14), a Avanço Transportes retirou toda a sua frota das ruas, conforme informado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (Sindmetro). A decisão ocorreu em resposta à fiscalização da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que, segundo o sindicato, tem apreendido carteiras de habilitação dos motoristas, causando constrangimento e medo entre os trabalhadores.
“Os trabalhadores estão com medo, pois a fiscalização está retendo a CNH [Carteira Nacional de Habilitação] dos motoristas”, afirma o Sindmetro. A categoria critica que a fiscalização deveria focar no combate ao transporte clandestino, em vez de punir os trabalhadores legalmente empregados.
Linhas afetadas pela suspensão:
- A800 Camaçari x Águas Claras – via BA-093
- A0812 Camaçari x Simões Filho
- A0813 Candeias x Simões Filho
- A814A Camaçari x Águas Claras – via Parafuso
- A0834 Madre de Deus/Candeias x Lauro de Freitas
- A0835 Passé x Calçada
- A0903A Candeias x Outlet Premium – via Simões Filho
- 874A Simões Filho x Lauro de Freitas
- 811.URB – Candeias x São Francisco do Conde
Antes da suspensão do serviço, a Avanço já havia anunciado que encerraria suas operações na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em 30 de maio. Além disso, está prevista uma paralisação dos funcionários da empresa a partir de sexta-feira (17), afetando os municípios de Madre de Deus, Candeias, Camaçari, São Francisco do Conde, Simões Filho e Santo Amaro.
Os trabalhadores denunciam o descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho 2024 por parte da empresa. A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada em 7 de março e oficializada nesta segunda-feira (13).
A retirada da frota e a iminente paralisação apontam para uma crise no serviço de transporte público na RMS, deixando milhares de passageiros sem alternativas de deslocamento e aumentando a pressão sobre as autoridades para encontrar uma solução viável para os trabalhadores e a população afetada.
Imagem: Ícaro Chagas
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