A mobilidade urbana na cidade do Rio de Janeiro enfrenta uma grave crise, com passageiros e rodoviários tendo seu direito de ir e vir comprometido diariamente. O setor de transporte público, crucial para o dia a dia dos cariocas, é vítima constante de atos criminosos, resultando em enormes prejuízos financeiros e operacionais.
De acordo com um levantamento da Rio Ônibus, apenas nos primeiros seis meses de 2024, a cidade registrou 1.029 ônibus depredados, 71 sequestrados e 3 incendiados. Esses números alarmantes significam que, em média, 171,5 veículos são vandalizados por mês, gerando um prejuízo superior a R$ 11 milhões em reparos durante o período.
Os sequestros de ônibus são utilizados frequentemente como barricadas para impedir o acesso da polícia às comunidades, evidenciando o impacto da criminalidade na rotina dos transportes. Os bairros mais afetados incluem Vila Aliança, Cordovil e Ramos, enquanto as linhas de ônibus mais prejudicadas são:
- 926 (Senador Camará X Penha)
- 731 (Campo Grande x Marechal Hermes)
- 765 (Mendanha x Terminal Deodoro)
- 685 (Irajá X Méier)
- 335 (Cordovil x Tiradentes)
Os dados de 2023 também revelam a dimensão do problema: 26 ônibus incendiados, 2.845 vandalizados e 162 sequestrados, resultando em um prejuízo total de mais de R$ 47 milhões. Essa quantia poderia ter sido investida na compra de mais de 50 veículos novos para melhorar o serviço oferecido aos usuários.
A violência e os ataques recorrentes aos ônibus não afetam apenas os usuários do transporte público, mas têm um impacto direto em toda a população, exacerbando problemas de mobilidade e segurança. A sociedade carioca, que já enfrenta diversos desafios, vê-se ainda mais prejudicada pela constante ameaça à integridade de seu principal meio de transporte.
A situação exige uma resposta urgente e eficaz das autoridades para garantir a segurança dos passageiros e a continuidade dos serviços de transporte, essenciais para o funcionamento da cidade e o bem-estar de seus habitantes.
Imagem: Divulgação Rio Ônibus
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