Fonte: Volvo
Fotos: Acervo Paraíba Bus Team
segunda maior montadora de caminhões pesados do mundo, comemora em 14 de abril,
86 anos de existência. A história da empresa começa em 1927, quando o primeiro
veículo Volvo, produzido em série, saiu da linha de produção de Lundby em Gotemburgo,
Suécia, sede mundial da corporação. Naquele dia, o gerente de vendas Hilmer
Johansson saiu da fábrica dirigindo o primeiro carro da marca, o modelo ÖV4.
Avançando no tempo, vamos conhecer sua história no Brasil dando continuidade a
série. Desta vez vamos abordar os anos 80!!!
O
Presidente da República, João Figueiredo, inaugurou a nova fábrica,
oficialmente, em 4 de dezembro de 1980. Foram feitos estudos sobre as
exigências legais do País e as necessidades e tendências do mercado para
identificar qual o tipo de veículo seria mais adequado para o transporte
rodoviário de cargas no Brasil. A decisão final foi a escolha do caminhão
global da série “N”, vendido na Europa, América do Norte, outros
países da América do Sul, Ásia e Austrália. Então, começa a ser produzido o
caminhão pesado N10, com motor de 10 litros e, um ano mais tarde, iniciou-se a
produção do caminhão pesado N12, com motor de 12 litros, formando a base da
linha de produtos oferecida pela marca ao mercado brasileiro.
A
empresa logo percebeu que seria difícil convencer os transportadores de que
haveria, em curto espaço de tempo, uma ampla rede de concessionários para
prestar atendimento de pós-venda a eles. Veio, então, uma solução criativa e
inovadora para a época: a criação do Voar – Volvo Atendimento Rápido (em junho
de 1981), oferecendo atendimento emergencial, 24 horas por dia, para todos os veículos
da marca, em qualquer ponto do País. No início, eram comuns relatos de
mecânicos que viajavam da fábrica ou de algum concessionário utilizando aviões
e até barcos para chegar ao local de atendimento. Nesse ano a Volvo Penta
marinizou o primeiro motor náutico à álcool do mundo, o AQE41.
Em
1983 foi lançado o Velox, sistema de entrega emergencial de peças de reposição
que propunha entregar peças em qualquer capital do País em prazos reduzidos.
Era mais uma forma de cativar os transportadores e fazê-los acreditar na
seriedade da marca. No mesmo ano, foi lançado o motor TD100G, com maior
potência e torque, e menor consumo de combustível. Outro lançamento importante
foi o dos ônibus B58E 4×2 e 6×2. Tratava-se de uma versão mais moderna do B58,
que atendia os níveis de emissões exigidos pela legislação ambiental do País
para os próximos anos – por isso o “E”, de “ecológico”. A
Volvo Penta introduziu os motores MD13 e MD16, a diesel.
Novas
modificações na linha de caminhões chegaram em 1984, com o lançamento de uma
linha composta por três faixas de aplicação: os caminhões N10 e N12 passavam a
receber novas identificações que os classificavam em “H” (heavy),
“XH” (extra heavy) e “XHT” (extra heavy tandem). Na
Brasil Transpo – maior feira especializada em transporte do país – daquele ano,
também foi lançado o primeiro caminhão pesado a álcool do País – um N10 XHT -,
demonstrando a versatilidade da marca para adequar seus produtos às
necessidades do Brasil.
O
ano de 1985, trouxe outras novidades, como o lançamento da série F de motores,
equipando a nova linha de caminhões Intercooler, denominados também de
“faixa preta”, devido às faixas decorativas laterais e ao seu
excelente desempenho. O Intercooler (resfriador do ar de admissão do turbo para
o motor) foi uma das diversas inovações tecnológicas que a Volvo trouxe ao
País, induzindo outros fabricantes a adotar soluções semelhantes em seguida.
Com esse lançamento, a Volvo passava a disponibilizar a maior linha de
caminhões pesados do Brasil. Nasce a Associação Viking dos funcionários da
Volvo. Em junho daquele ano, foi anunciada a sucessão no comando da empresa,
com Tage Karlsson deixando seu cargo no final do ano e Mats-Ola Palm assumindo
a presidência a partir de janeiro de 1986. A Volvo Penta introduziu o VP229,
que podia ser usado como motor de centro ou rabeta em embarcações.
Em
dezembro de 1986, foi apresentado o chassi de ônibus B10M, ônibus mundial,
agora produzido no Brasil; não havia outro veículo que se comparasse a ele no
mercado brasileiro. No mesmo ano, a fábrica aumenta sua produção com
investimentos da ordem de 1,7 milhões de dólares para a construção de novos
prédios. Em 1986, o País estava sob a égide do Plano Cruzado – um novo plano de
recuperação da economia, lançado pelo presidente José Sarney, que mudou o nome
da moeda de Cruzeiro para Cruzado. Nesse período, há uma escassez de peças no
mercado, o que levou ao acúmulo de mais de 200 caminhões incompletos no pátio.
Mas isso não impediu que se comemorassem marcas históricas, como o chassi
número três mil, em abril, e do caminhão número dez mil.
Em
1987, para comemorar seus dez anos de instalação no País, a empresa lança o
Programa Volvo de Segurança nas Estradas, que, em seguida, teve seu nome
alterado para Programa Volvo de Segurança no Trânsito. Para a Volvo, mais do
que uma nova oportunidade de atuar junto à comunidade, através de um tema que
está entre os seus valores essenciais – qualidade, segurança e meio ambiente -,
o Programa Volvo de Segurança no Trânsito era uma contribuição efetiva para
despertar a sociedade para a gravidade da situação do País nessa área. Nesse
mesmo ano, a Volvo fez uma associação mundial com a Michigan e a Euclid, dando
origem à VME Equipamentos de Construção, que já tinha fábrica em Pederneiras,
SP.
Dentro da Volvo, nasce a Primeira Comissão de Fábrica das empresas da Cidade
Industrial de Curitiba. Após a elaboração de seu primeiro estatuto – discutido
com o Sindicato e votado e aprovado pelos empregados, consolidou-se como
Comissão de Fábrica, a partir de dezembro de 1987. No início de 1988, foram
eleitos os integrantes da Comissão, que passaria a ser o principal porta-voz
dos empregados nas negociações trabalhistas com a empresa.
Na contramão do pessimismo, a Volvo do Brasil continuava apostando no País,
lançando produtos em meio a crises econômicas e apostando na recuperação da
economia. Em 1989, a empresa realizou o maior evento de sua história até então:
a Volvo do Brasil Truck Convention, quando aconteceu o lançamento da
linha de caminhões NL, formada pelos caminhões NL10 e NL12. No entanto, nem
tudo são negócios no dia-a-dia de uma empresa atenta à responsabilidade social.
Em 1989, foi criada a Fundação Solidariedade, instituição que mantém dezenas de
jovens adolescentes em uma área próxima de Curitiba, oferecendo-lhes
casas-lares, com “pais-sociais”, educação e preparo para ingresso na
vida profissional e na vida adulta. Introdução do motor Volvo Penta TAMD122,
feito a partir do motor dos caminhões Volvo. Nesse mesmo ano, nova troca no
comando na empresa: Bengt Calén assume a presidência.