Câncer de próstata: o preconceito sobre o exame e sua cura foram temas do terceiro dia da SIPAT da Unitrans

O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele
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Como Novembro é o mês de conscientização sobre a saúde do homem e tem o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (SIPAT) da Unitrans não poderia deixar de abordar o assunto. Assim, nesta quarta-feira (24), esse foi o tema trazido pelo médico Tarcísio Campos aos colaboradores da empresa de ônibus urbanos de João Pessoa. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele e o médico convidado chamou a atenção para o exame precoce, tendo em vista que esse tipo de câncer é confundido com outras infecções, mas que tem cura.

Dr. Tarcísio abriu sua palestra frisando que em todas as faixas etárias o urologista deve ser consultado, no entanto, a partir dos 40 anos é necessário que o homem comece a realizar os exames de sangue para verificação da proteína antígeno prostático específico PSA, produzida pela próstata. “Fazer um check-up uma vez ao ano é a melhor forma de prevenir e evitar que o câncer de próstata seja tratado apenas em estágios mais avançados. O câncer de próstata atinge os homens, principalmente, a partir dos 50 anos e tem uma incidência muito grande. Um em cada seis homens a partir dessa idade vai desenvolver o câncer de próstata. É importante nesse mês do novembro para que a gente faça a nossa prevenção para uma qualidade de vida melhor”, alertou o médico, frisando que o câncer é uma desarrumação das células da próstata que leva ao aparecimento de tumores que podem ser benignos ou malignos, e que o tratamento vai depender do tempo em que foi diagnosticado (estágio de desenvolvimento tumoral).

Ele destacou ainda que por causa do preconceito que envolve o exame, muitos homens são diagnosticados quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma alta taxa de óbitos. “Quando identificado em fase inicial o câncer de próstata tem altos índices de cura e os homens têm que ter um comportamento diferente de antigamente. A gente sabe que com o envelhecimento da população esses canceres estão cada vez mais sendo diagnosticados. Antes, os homens morriam com outra doença sem saber se tinha ou não esse câncer. Hoje, tem casa vez mais homens se tratando e se curando. Os homens hoje tem uma expectativa de vida que passa dos 78 anos, então é preciso que se cuidem para viver com qualidade”, disse ele.

No terceiro dia da SIPAT da Unitrans o foco foi a saude do homem

A partir dos 40 anos os exames laboratoriais começam a ser feitos para acompanhar a funcionalidade da próstata. O médico explicou que o exame “PSA” é pedido para medir o quantitativo da proteína e o médico verificará se tem crescimento desse número. “Se você faz esse exame e dá 0, 7 ; 0,8 e no outro ano dá 2, 3, 4 isso vai mostrar que sua próstata está alterando a funcionalidade. Então é necessário que você faça anualmente, a partir dos 40 anos esse controle. E é obrigatório a partir dos 50 porque é nessa faixa que a maior parte dos canceres são diagnosticados”, afirmou Dr. Tarcísio.

O médico esclareceu que os sintomas de câncer de próstata não são específicos e, por isso, são confundidos com infecção urinária ou outras infecções do trato urinário. Assim, mais uma vez ele chamou a atenção para a necessidade do acompanhamento dos exames de PSA. “Eles estão relacionados com a proteína e com as queixas”, disse.

Portanto, dando alterado o PSA é importante que se verifique outros sintomas como quantidade de urina produzida, ou seja, se o jato de urina continua forte, e o volume está normal. “Quando a próstata começa a aumentar ela faz um bloqueio entre a bexiga, a uretra e o canal peniano. Esse bloqueio faz com que diminua o volume e a força do jato. Quando ele termina de urinar, continua saindo a urina e continua molhando tudo”, comentou, citando também casos mais avançados em que o homem se queixa de dores ao urinar e em alguns estágios há também a retenção e a infecção urinária, que vão chamar atenção.

Esses sintomas quando não associados ao PSA e ao exame clínico, segundo Dr. Tarcísio, seriam muito facilmente confundidos com infecção urinária. Por isso, o melhor é a prevenção. Ele explicou que o exame do toque é rápido, indolor e é feito em consultório, ambulatório com o urologista. A via de acesso é através do reto. É desagradável, mas o médico assegura que é indolor e rápido: 40 segundos e pronto. O médico verifica se a próstata está aumentada, se apresenta algum endurecimento, formação de nódulos, enfim, vê toda a morfologia.

Dr. Tarcisio Campos foi o palestrante do terceito dia da SIPAT da Unitrans e falou sobre a saude masculina
Dr. Tarcísio Campos foi o palestrante do terceito dia da SIPAT da Unitrans e falou sobre a saúde masculina

“Ela é uma azeitona de 20 gramas fácil de ser alcançada no exame e não trará nenhum prejuízo porque não é um procedimento invasivo. É melhor que fazer depois uma cirurgia, muitas vezes radical, porque tem que retirar toda a próstata, embora seja uma cirurgia via endoscópica ou aberta”, garantiu ele, finalizando sua palestra recomendando a prevenção. “Tem cura. Vamos nos cuidar e fazer exames precocemente”, orientou ele agradecendo a oportunidade de falar aos colaboradores da Unitrans.