A Marcopolo finalizou o primeiro trimestre de 2023 com resultados que reforçam a trajetória de recuperação dos volumes no mercado de ônibus. No período, a companhia teve receita líquida de R$ 1,65 bilhão, incremento de 72,5% ante o primeiro trimeste de 2022.
O lucro líquido consolidado foi de R$ 236,3 milhões no primeiro trimeste de 2023, com margem de 14,3%, contra o resultado de R$ 98 milhões e margem de 10,2% na comparação anual. Já o lucro bruto foi de R$ 390,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, com margem de 23,6%.
A produção foi de 3.465 unidades no primeiro trimeste de 2023, 12,4% superior ao primeiro trimeste de 2022. No Brasil, foram produzidas 2.975 unidades, aumento de 9,6% contra o primeiro trimeste de 2022. A participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de carrocerias foi de 50,1%, mantendo a liderança nacional.
“O período foi positivo, principalmente pelas vendas do G8, que representaram mais de 70% dos rodoviários pesados da companhia. Além disso, o setor de fretamento continuou com bom desempenho. Nos urbanos, tivemos um ambiente crescente no volume de vendas, impulsionados pelo retorno ao trabalho presencial, bem como a aplicação de subsídios e investimentos diretos dos munícipios”, afirma André Armaganijan, CEO da Marcopolo.
O desempenho no segmento de micros também se destacou no período, com vendas ao poder público e entregas ao programa federal Caminho da Escola. A companhia entregou 601 ônibus urbanos, 489 micros e 170 Volare (totalizando 1.260 unidades) para o programa, referentes à licitação de 2022.
A Marcopolo investiu, ao todo, cerca de R$ 37,1 milhões na operação no primeiro trimestre deste ano. O EBITDA foi de R$ 292,8 milhões no primeiro trimeste de 2023, com margem de 17,7%, versus 51,3 milhões e margem de 5,4% no primeiro trimeste de 2022.
“Este resultado demonstra um ambiente de mercado melhor, com evolução de volumes e do mix de vendas, margens positivas a partir da maior diluição de despesas e recuperação de resultados das operações localizadas no exterior”, comenta o executivo.
Cenário Internacional
No exterior, a produção da Marcopolo foi de 490 unidades, 32,8% superior ao mesmo período do ano anterior. “Depois de um difícil ano de 2022, as operações internacionais demostraram recuperação de resultados, com crescimento de vendas em todas as unidades”, diz André.
O principal destaque do primeiro trimeste de 2023 foi o desempenho da Marcopolo México, com vendas de produtos de maior valor agregado, revertendo prejuízo de R$ 2,4 milhões no 1T22 para resultado positivo de R$ 11,4 milhões. Já na Marcopolo África do Sul, a produção consolidada aumentou 176% no primeiro trimeste de 2023 em relação ao primeiro trimeste de 2022.
Transição Euro 5 / Euro 6
Apesar da transição da motorização do padrão Euro 5 para Euro 6, com aumento no preço dos chassis, no mercado interno, clientes seguem indicando interesse na renovação de suas frotas, optando por veículos de maior valor agregado na retomada das viagens de longa distância e na revitalização dos sistemas públicos de transporte coletivo.
Novo CEO
No final do primeiro trimestre deste ano, a companhia concluiu o processo de sucessão de seu CEO. A posição até então ocupada por James Bellini, passa a André Armaganijan, que exercia o cargo de Diretor de Negócios Internacionais e de Operações Comerciais Mercado Externo. James passou a ocupar o cargo de Presidente do Conselho de Administração. A sucessão também envolveu a posição de CFO, ocupada por José Antonio Valiati, que continua na Diretoria de Relações com Investidores. A posição de CFO passa a ser ocupada por Pablo Motta.
A nova administração tem por objetivo aprofundar as iniciativas já em execução, incluindo a exploração de sinergias entre as operações da companhia, a disciplina na alocação de recursos, a otimização de investimentos, o desenvolvimento de produtos e segmentos de negócio inovadores, a preparação de pessoas para o futuro e a busca permanente por maior eficiência.
Ainda, visa aprimorar frentes estratégicas como o protagonismo em ônibus elétricos e o desenvolvimento do mercado norte-americano, em prol da sustentabilidade e da consistência de resultados.