Trans Acreana diz que pode ter que demitir mais da metade de seus funcionários após decisão judicial

Diretor-presidente da empresa alerta para impacto negativo da medida nos empregos e na prestação de serviços.
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De acordo com o portal O Alto Acre, o diretor-presidente da Trans Acreana, Fernando Lourenço, revelou que após a decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco, a empresa pode ter que demitir mais da metade de seus funcionários. A determinação judicial envolve a abertura da linha de ônibus entre a capital e Cruzeiro do Sul, excluindo trajetos considerados deficitários pela empresa. No último dia 12, o Ônibus & Transporte trouxe a notícia que uma decisão da juíza autorizou a abertura da Ação Civil Pública, para garantir a concorrência nas linhas intermunicipais do estado.

Atualmente, a Trans Acreana emprega diretamente 110 pessoas e opera uma frota de 50 ônibus, cerca de R$ 20 milhões foram investidos pela empresa. Segundo Fernando, a decisão atende aos interesses de uma empresa de Goiânia focada apenas na rota mais lucrativa, ignorando os trajetos menos rentáveis, como Rio Branco a Senador Guiomar, Bujari, Caquetá e Porto Acre.

O diretor-presidente destacou que a empresa já buscou soluções junto à Agência Reguladora dos Serviços do Estado do Acre (AGEAC), argumentando que a exploração da linha para Cruzeiro do Sul deveria estar vinculada à participação nas linhas deficitárias. Ele ressaltou o compromisso assumido pela Trans Acreana em 2012, quando se responsabilizou por essas rotas, e posteriormente, em 2016, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público e a AGEAC.

Fernando enfatizou os investimentos significativos da Trans Acreana no Estado, superando os 20 milhões de reais, financiados por diversos bancos. Ele expressou frustração com a situação, mencionando as dificuldades enfrentadas no setor rodoviário acreano e a falta de apoio para melhorias nas estradas.

Desde 2010, segundo ele, nenhuma empresa rodoviária trouxe ônibus novos para operar no Acre. Ele destacou os esforços da Trans Acreana para adaptar os veículos às condições adversas das estradas locais, evidenciando a falta de incentivo e reconhecimento por parte das autoridades.

A decisão judicial representa um desafio adicional para a empresa, que busca manter seus serviços em meio a um cenário desafiador. A Trans Acreana espera por uma solução que leve em consideração não apenas os interesses comerciais, mas também o impacto social e econômico na região.

Imagem: Marcos Vicentti/Secom

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