A Expresso Gardenia anunciou um prejuízo de R$ 4,5 milhões decorrente da suspensão das suas linhas de transporte no Sul de Minas Gerais. Segundo a empresa, caso as operações não sejam retomadas, esse valor pode aumentar para R$ 6 milhões. Além disso, mais de 200 trabalhadores já foram demitidos, número que pode chegar a 400. A informação foi dada inicialmente no G1 Sul de Minas Gerais.
Nesta semana, a Justiça derrubou a decisão da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra-MG), que havia suspendido temporariamente os 37 contratos da empresa, transferindo as linhas para outras operadoras.
A empresa destacou que, além das demissões, enfrenta dificuldades para cumprir obrigações funcionais, como pagamento de tíquete de refeição, plano de saúde dos trabalhadores e compromissos da recuperação judicial.
Suspensão de linhas da Expresso Gardênia
Na quinta-feira da semana passada, a Seinfra publicou uma resolução suspendendo todos os 37 contratos e 78 serviços operados pela Expresso Gardenia no Sul de Minas, alegando que a empresa não respondeu às irregularidades encontradas em fiscalizações desde abril.
Na última segunda-feira (1º), o juiz Adilon Cláver de Resende, da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, suspendeu a decisão da Seinfra por 90 dias, permitindo à empresa resolver as pendências relativas à venda de ativos e regularização das atividades. Durante esse período, a Seinfra não poderá transferir as linhas para outras empresas, sob pena de multa diária e outras medidas processuais.
Posicionamento da empresa e da Seinfra
O advogado da Expresso Gardenia afirmou que a empresa pretende vender ativos, incluindo as linhas, para reduzir suas operações e continuar existindo, tornando a decisão judicial essencial para a sobrevivência da empresa.
A Seinfra informou na quarta-feira (3) que ainda não foi formalmente comunicada da decisão judicial e não recebeu solicitação de reunião por parte da empresa através dos canais oficiais da secretaria.
Imagem: Rodrigo Gomes
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