No ano de 2001 a Mercedes-Benz apresentava ao mercado o chassi O-500RSD ao mercado brasileiro, e o desconhecido chassi trouxe muitas dúvidas ao então mercado da época. Até o ano de 2021, quando completou 20 anos de existência, o O-500 teve mais de 70 mil unidades produzidas, uma média de 3,5 mil unidades por ano.
O O-500 faz sucesso, segundo a Mercedes-Benz, por sua versatilidade, já que pode atender tanto as linhas urbanas quanto as rodoviárias.
No transporte rodoviário a Mercedes oferece opções para curtas, médias e longas distâncias, com configurações com tração 4×2, 6×2 e 8×2. e recebe tanto carrocerias convencionais como as High Decker e Double Decker.
A Mercedes lançou o protótipo do O-500 RSD com a placa DBC2328 prefixo 6751 (placa de São Paulo) sob um Marcopolo Paradiso G6 1200. No documento consta 2002 como ano de fabricação e o mesmo foi entregue a São Geraldo. A sua aquisição e integração definitiva à frota da São Geraldo se deu em 2005.
Logo em seguida foi comercializada a primeira unidade do novo chassi, dessa vez para a Itapemirim que na época passava por transições desde que deixou de fabricar seus próprios chassis na fábrica da Tecnobus. O modelo também era um Marcopolo G6 1200 com placa MPS9844 prefixo 5101 (placa do Espírito Santo), fabricado em 2003.
Ambos modelos possuíam configuração interna com 42 poltronas semi-leito no padrão de qualidade do G6, além de banheiro, geladeira, sistem de ar condicionado com dutos individuais, descando para pés e pernas, porta-revistas, janelas panorâmicas com cortinas, porta-pacotes, bagageiro, luzes de leitura direcionais e muito conforto. Millennium era o serviço da São Geraldo, e Golden o da Itapemirim, dois icônicos nomes que marcaram época.
Entre busólogos sempre houve essa discussão sobre quem veio primeiro, e a resposta é que: o primeiro a ser fabricado foi o São Geraldo, e o primeiro modelo comercializado foi o da Itapemirim.
A Mercedes tenta há anos conquistar a Gontijo como cliente, mas até o momento não conseguiu, e na época foi uma grande jogada a entrega do 6751, visto que a São Geraldo já passava por um momento ruim financeiramente, e a compra da Gontijo já era especulada por todo o mercado. Mas, no fim das contas, a Gontijo segue com a parceria de decadas com a Scania.
Após a aquisição da São Geraldo pela Gontijo, o veículo foi foi reconfigurado para o Serviço Executivo com 46 lugares, suas rodas de alumínio foram retiradas e substituídas pelas tradicionais rodas de aço da Gontijo. Em 2016, o 6751 foi incorporado à frota da Gontijo, mas só rodava na alta temporada. Logo após a breve passagem pela frota da Gontijo foi vendido para a Prefeitura Municipal de Cedro de Abaeté e posteriormente para a Translara
Já o 5101 da Itapemirim, foi repassado a Kaissara e retornou a Mirim, e hoje encontra-se sucateado em Feira de Santana como vocês podem ver nas fotos abaixo.
Texto: Filipe Lima